Suplemento dietético Pueraria (fitoestrógenos) para a menopausa

Pueraria mirifica é um suplemento alimentar rejuvenescedor, extraído da planta com o mesmo nome. Graças à sua riqueza natural em fitoestrogénios específicos (miroestrol e dioximiroestrol), é utilizada tradicionalmente para mitigar os efeitos da menopausa e aumentar o volume dos seios. A literatura científica demonstra, contudo, que tem inúmeros outros benefícios para a saúde.

O que é a Pueraria mirifica?

Trata-se de uma planta originária da Tailândia, igualmente conhecida pelo nome de "kwao krua". O seu interesse reside principalmente na sua riqueza excecional em fitoestrogénios, moléculas naturais capazes de imitar a ação das hormonas sexuais estrogénios.

A Pueraria mirifica contém 3 tipos de fitoestrogénios (1-2): as isoflavonas (genistina, genisteína, daidzeína, daidzina, kwakhurina, tuberosina, puerarina, mirificina e puemiricarpeno), os cumestanos (coumestrol, mirificumestano, mirificumestano glicol) e os cromenos (miroestrol, dioximiroestrol e isomiroestrol). Todos estes compostos apresentam uma estrutura semelhante à do estradiol, uma hormona necessária para a manutenção da fertilidade e dos caracteres sexuais secundários na mulher. Os seus efeitos incluem:

• o desenvolvimento e a conservação dos seios;
• a conservação da força e da densidade óssea;
• a retroação primária no cérebro relativa à produção de hormonas sexuais.

O miroestrol contido em Pueraria mirifica é o fitoestrogénio que apresenta a maior atividade estrogénica. É quimicamente muito semelhante ao estriol, o estrogénio mais seguro para o ser humano (3-5).

Atenção: Pueraria mirifica não deve ser confundido com Kudzu (Pueraria hirsuta), que tem propriedades e utilizações diferentes.

Quais os efeitos benéficos esperados com a toma de Pueraria mirifica?

Na obra intitulada “Pueraria mirifica: benefits of the wonder herb”, o Dr. Richard Passwater e a Dra. Margaret Ritchie codificaram perfeitamente as propriedades cientificamente comprovadas da planta.

• Atenuação dos sintomas associados à menopausa. Após a menopausa, o nível de estradiol diminui muito, com grandes variações de pessoa para pessoa, o que pode provocar o surgimento de sintomas transitórios muito desagradáveis. Enquanto que algumas mulheres escapam a eles, outras sofrem consideravelmente os seus efeitos na sua vida quotidiana. Estes sintomas têm tendência a atenuar-se com o passar do tempo, mas um quarto das mulheres continua a senti-los dez anos após a data da última menstruação. Entre estes sintomas, salientam-se: afrontamentos, episódios de sudação de intensidade excecional, dores de cabeça, fadiga crónica, problemas de sono, secura vaginal acentuada, problemas urinários (vontades urgentes, cistites…) e dores articulares. Para evitar recorrer à hormonoterapia, bastante controversa, recorre-se cada vez mais a suplementos que contêm fitoestrogénios para compensar o desaparecimento brutal dos estrogénios e combater os sintomas dele resultantes. Neste âmbito, a duração da toma do suplemento deve limitar-se à duração dos sintomas. Nota: quando o organismo produz demasiados estrogénios, os fitoestrogénios podem bloquear o seu efeito negativo. Por outro lado, quando o organismo deixa de produzir estrogénios, os fitoestrogénios compensam uma parte das necessidades e contribuem para mitigar os sintomas desta carência repentina.
• Reforço ósseo. Os estrogénios estão igualmente envolvidos na remodelação óssea e no fenómeno da osteoporose. Sem estrogénios, a desmineralização dos ossos acelera-se, o que acentua o risco de fraturas.
• Diminuição do risco cardiovascular. Os estrogénios têm um efeito protetor inegável nas artérias, em particular nos dez anos a seguir ao final da menstruação. Influenciam, nomeadamente, os índices de colesterol HDL, a inflamação, a desregulação insulínica e os mecanismos do aumento de peso.
• Luta contra o stress oxidativo. Pueraria mirifica é dotada de uma importante atividade antioxidante ligada à sua riqueza em flavonas.
• Aumento da libido. Pueraria mirifica contribui indiretamente para recuperar a atividade sexual que tende a baixar na mulher menopáusica, devido à queda das hormonas sexuais.

Por último, a literatura científica evidenciou também propriedades antienvelhecimento muito interessantes (6).