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No outono, os frutos e legumes são muito ricos em compostos anti cancro.

Os melhores frutos e legumes de outono e os truques para usufruir dos respetivos benefícios.

Consumir alimentos da época garante fazer o pleno de micronutrientes preciosos para a saúde. Desde que se aposte nos alimentos certos e se conheçam os truques que maximizam os seus benefícios…

Provavelmente já sabe que é catastrófico para o ambiente consumir frutos que não estão na época. A produção do outro lado do planeta e o transporte necessário para os levar ao local de venda induzem emissões de gases de efeito de estufa gigantescos. Frequentemente, a produção local em estufa aquecida consome ainda mais energia; uma produção de tomates local – mas fora da época – em estufa necessita de 11 vezes mais energia do que o mesmo volume cultivado num campo.

Mas o consumo de frutos e legumes da época vai muito além do aspeto ambiental: influencia diretamente a sua saúde. O teor em micronutrientes é, de facto, o máximo quando estes produtos são cultivados na época certa, à qual estão mais bem adaptados. Fatores simples, como o tempo de exposição ao sol, a amplitude máxima das temperaturas, o calor, a humidade, são cruciais para o seu teor em micronutrientes e, por conseguinte, para as suas qualidades gustativas! De tal modo que uma agricultura biológica permite aos frutos ativarem as respetivas defesas antioxidantes contra os patogenes, na ausência de pesticidas.

Então para cuidar da sua saúde no outono é inútil investir em frutos de origem tropical, basta recorrer a esta lista…

A alcachofra

Alcachofras fatiadas numa tábua de madeira A alcachofra é um legume bastante caro, mas que vale a pena consumir quando está na época. Encerra uma grande variedade de antioxidantes, nomeadamente compostos fenólicos como o ácido clorogénico, a narirutina e a cinarina (1), bem como antocianinas capazes de lutar contra o stress oxidativo. Mas o seu maior interesse é a sua riqueza em silimarina. Este precioso nutriente permite-lhe contribuir para:

  • proteger o fígado contra certos efeitos nefastos;
  • regenerar as células hepáticas danificadas pela toma de determinados medicamentos e de certas substâncias tóxicas como o álcool, o tabaco ou estupefacientes;
  • estimular a síntese proteica no fígado, permitindo substituir mais rapidamente as células danificadas por células sãs;
  • estimular a passagem da bílis (2).

Contém aliás inúmeros prebióticos como a inulina; este açúcar não é digerido pelo organismo mas é consumido pela flora bacteriana do cólon. Permite a certas bactérias benéficas desenvolverem-se, o que contribui para melhorar a absorção dos nutrientes e influencia positivamente o sistema imunitário.

Como a escolher e a conservar para maximizar os seus benefícios?

Escolha uma alcachofra com as folhas bem fechadas umas sobre as outras (não devem estar “abertas”), estaladiças sob os dedos e sem manchas negras (sinal de falta de frescura).

Conserve-a no frigorífico, apenas por alguns dias, idealmente num saco de tecido impermeável e depois de a salpicar com água para a manter húmida.

A acelga

A acelga é um legume geralmente desconhecido dos consumidores. Os seus caules têm um gosto parecido com o da beterraba, ao passo que as folhas lembram um pouco os espinafres. É um legume saboroso que contém quantidades significativas de vitamina K, cuja influência na saúde dos ossos e na coagulação sanguínea é reconhecida. Contém igualmente ferro e fibras insolúveis que previnem a obstipação e contribuem para regular o trânsito intestinal.

Como escolher e conservar as acelgas para maximizar os seus benefícios?

Prefira as acelgas de caule vermelho às de caule branco, e com folhas verde escuro. Conserve-as na gaveta de legumes do frigorífico. Na altura de as cozer (a cozedura não influencia a sua capacidade antioxidante desde que não fritem [3]), pense em separar as folhas dos caules pois o tempo de cozedura não é o mesmo!

A beterraba roxa

Beterrabas vermelhas frescas A beterraba não é o legume mais apreciado do mercado, no entanto trata-se de um alimento notável para a saúde. Está, aliás, classificado entre os legumes com o melhor poder antioxidante (4).

O que chama a atenção antes de mais é o seu interesse para a saúde dos olhos. A beterraba contém luteína e zeaxantina, dois nutrientes que se acumulam na mácula e que reduzem o risco de degenerescência macular. São os dois únicos carotenóides naturais capazes de integrar a mácula entre os mais de 750 carotenóides existentes na natureza, 40 deles na alimentação humana. Permitem à mácula manter a visão mais precisa possível com luz diurna. São muito importantes pois o organismo é incapaz de os sintetizar.

É igualmente um dos raros vegetais que contêm betalaínas, uma família de antioxidantes potentes e com uma biodisponibilidade muito elevada (ou seja, que passam facilmente para a circulação sanguínea). Após a sua passagem para o tubo digestivo, conservam totalmente as suas propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias e hepatoprotetoras. Por último, contém quantidades relevantes de vitamina K (ao ponto de ser desaconselhada às pessoas que tomam anticoagulantes) e flavonóides. O conteúdo em flavonóides do sumo de folha de beterraba fresca é mesmo o mais elevado de todos, ultrapassando o conteúdo do sumo de espinafres e de brócolos, que são – no entanto – referências nessa matéria.

Como conservar e consumir a beterraba para maximizar os seus benefícios?

Conserve as suas beterrabas até uma a duas semanas, num saco de tecido arejado. Pode consumi-las cruas, depois de as pelar e ralar, ou cozidas, deixando a pele durante a cozedura para minimizar as perdas de nutrientes. Em vez de a ferver, pode cozê-la no forno, regando-a com um pouco de azeite, durante uma hora a 250 °C.

Saiba que, contrariamente ao que acontece com inúmeros outros legumes, o poder antioxidante da beterraba não se altera com a cozedura.

Os brócolos

Tigela de vidro com brócolos frescos De todas as crucíferas, os brócolos são certamente os mais ricos em vitamina C quando são consumidos na época deles. Os seus benefícios para a saúde são imensos (5-6).

Contêm antes de mais, glucosinolatos, tal como a maioria das outras crucíferas. Trata-se de moléculas que se transformam em moléculas anti cancro quando entram em contacto com a flora bacteriana intestinal humana: o sulforafano, o indol-3-carbinol e o dindolilmetano (DIM). São-lhes atribuídos três benefícios principais:

  • Diminuição do risco de distúrbios hormono-dependentes. Tanto no homem como na mulher, influenciam o metabolismo dos estrogénios, contribuindo para reduzir o risco de certos cancros hormono-dependentes, como os cancros da mama, do útero ou da próstata.
  • Melhoria da hipertrofia benigna da próstata. Nos homens com mais de 50 anos de idade, os estrogénios começam a acumular-se na próstata e contribuem para a sua hipertrofia. O DIM atua contra este fenómeno abrandando o metabolismo da testosterona e, sobretudo, travando a conversão deste em estrogénios. Melhora portanto o funcionamento da próstata e contribui para reduzir as necessidades noturnas de urinar.
  • Luta contra o desenvolvimento dos cancros. O sulforafano, o indol-3-carbinol e o DIM limitam o crescimento de certas células cancerígenas e propiciam a respetiva auto-destruição (aquilo a que chamamos apoptose).

Os brócolos baixam igualmente o risco de doenças cardiovasculares graças à sua riqueza excecional em canferol (um flavonóide que encontramos também no chá). Contêm também luteína e zeaxantina como a beterraba roxa e por isso contribuem para a saúde dos olhos (7).

Como conservar e consumir os brócolos para maximizar os seus benefícios?

Escolha os seus brócolos com os caules rijos, as cabeças compactas evitando a todo o custo a flores amarelas (caso contrário terão um sabor amargo). Trata-se de um legume que não se conserva bem; quando apresenta uma ligeira deterioração visual já perdeu mais de 50% das suas capacidades antioxidantes (8). Por isso é preciso consumi-los rapidamente depois da compra.

Para colher o máximo de benefícios, o melhor é comê-los crus ou ligeiramente cozidos. A cozedura excessiva dos brócolos reduz fortemente a formação de sulforafano, mas uma cozedura muito ligeira permite desativar uma proteína nociva à transformação da glucorafanina em sulforafano. Sobretudo não deite fora os caules; eles podem ser consumidos! Pele-os e corte-os para que demorem o mesmo tempo a cozer que as cabeças.

Algumas pessoas que sofrem de síndrome do intestino irritável podem sentir efeitos indesejáveis com as crucíferas como os brócolos (dores abdominais, inchaços, diarreia…). Nesse caso, mais vale evitá-los e tentar reintroduzi-los progressivamente escutando atentamente os sinais do seu corpo e respeitando a tolerância individual.

A couve-flor, a couve frisada, e couve-rábano e a couve roxa

Estes quatro legumes crucíferos contêm os mesmos tipos de nutrientes que os brócolos. São pouco calóricos e contribuem do mesmo modo para limitar o desenvolvimento dos cancros.

Escolha couves-flor com cabeças firmes e ramos bem fechados, sem manchas castanhas. Ramos afastados indicam que o legume foi colhido demasiado tardiamente. Mais uma vez, não deite fora os caules: pele-os e corte-os para que demorem o mesmo tempo a cozer que as cabeças. Para melhorar a digestibilidade, recomendamos cozê-los 5 minutos em água a ferver com sal e escorrer bem antes de preparar.

Saiba que a couve frisada é muito rica em vitamina A: uma porção de 100 g fornece praticamente 100% das necessidades do dia. Trata-se de uma vitamina que desempenha um papel importante na regulação do sistema imunitário, na saúde das mucosas e na absorção do ferro. A couve frisada conserva-se por mais tempo no frigorífico do que as outras crucíferas. Tenha o cuidado de a limpar e secar as folhas previamente. Pode consumi-la crua ou cozinha, a seu gosto.

A couve-rábano é um legume com sabor de avelã muito agradável quando cozido! Rica em vitamina B6 (piridoxina) – essencial ao fabrico dos mensageiros do cérebro – mas também em vitamina B9 (os folatos), contém quantidades consideráveis de carotenóides. Não a escolha demasiado grande; quanto mais pequena for, menos fibroso é. Conserve-a no frigorífico num saco em tecido arejado ou na cave.

Por último, a couve roxa é provavelmente a couve que conhece melhor. É muito polivalente; pode ser consumida em saladas, estufada, fermentada, em sopa… Distingue-se das outras crucíferas pelo seu conteúdo mais elevado em flavonóides e, nomeadamente, em cianidina. Conserve-a na gaveta de legumes do frigorífico. Para conservar a cor, use uma faca em aço inoxidável para a cortar. Junte apenas um pouco de água na panela para a cozedura e adicione algumas gotas de vinagre ou de sumo de limão. Não deite fora o coração; corte-o finamente para que se torne menos fibroso e utilize-o mais tarde para fazer um caldo. Atenção: se sentir um cheiro a enxofre isso significa que já está demasiado cozido!

O agrião e os espinafres

Tigela de espinafres frescosO agrião também faz parte das crucíferas; contém por conseguinte flavonóides, carotenóides (entre eles precursores da vitamina A), luteína e zeaxantina, mas também quercetina! É mesmo uma da principais fontes de quercetina, juntamente com a cebola. Trata-se de um fitonutriente que ajuda a diminuir os fenómenos alérgicos e que contribui para potenciar os desempenhos físicos. Contém, evidentemente, glucosinolatos anti cancro (9-10), tal como os brócolos e as couves, mas também cálcio com uma biodisponibilidade excecional! O respetivo índice de absorção é de cerca de 70% ao passo que o do leite atinge perto do 30% e o dos espinafres apenas 5% (11).

Os espinafres, justamente, têm outras vantagens. Contêm ferro, como sabemos, e toda uma caterva de vitaminas, de minerais e de antioxidantes. Entre eles, contam-se nomeadamente o ácido ferrúlico e os glicolípidos (que encontramos também no chá verde e na salsa) que contribuem ambos para lutar contra o desenvolvimento dos cancros.

Os espinafres contêm também betaína, um composto que ajuda a tratar certas disfunções do fígado, como a esteatose hepática, e que permite igualmente melhorar o desempenho atlético. Os espinafres são um dos alimentos que mais quantidade desta substância contêm.

Qual a melhor forma de os conservar e os consumir?

Escolha espinafres com folhas estaladiças e brilhantes e evite as folhas murchas ou manchadas de negro. Prefira os de agricultura biológica; os espinafres fazem parte do grupo de legumes com maiores concentrações de resíduos de pesticidas. Conserve-os no frigorífico, num saco de tecido arejado, até 5 dias, no máximo.

O melhor é cozê-los (mas não demasiado); é desta forma que são mais nutritivos. Confecionados desta forma, contêm perto de 6 vezes mais luteína, zeaxantina e betaína do que os espinafres crus (12)! O ideal é cozê-los ao vapor 1 a 2 minutos, no máximo. Escorra-os rapidamente e saboreie sem demora.

Os pleurotos

Cogumelos ostra frescosOs cogumelos são verdadeiras fábricas farmacêuticas em miniatura. Alguns deles, como os pleurotos, apresentam combinações únicas de virtudes para a saúde humana. Contêm compostos fenólicos, nomeadamente ergotioneína, um aminoácido antioxidante que possui um tempo de vida muito longo no organismo (13), mas igualmente fibras solúveis específicas; os polissacáridos beta-glucanos e alfa-glucanos. Os trabalhos científicos mostraram que estas fibras contribuem para ativar variados determinantes celulares do sistema imunitário, como os macrófagos, as células Natural Killer, os linfócitos T, as interleucinas-1 e os aniões superóxido (14). Outros estudos salientaram igualmente uma atividade hipoglicémica; ao atuar nos recetores da insulina, os polissacáridos alfa-glucanos aumentariam a sensibilidade das células à insulina e melhorariam a resistência à insulina dos tecidos periféricos. Ao ligar-se aos ácidos biliares, permitem também reduzir a absorção do colesterol nos intestinos, o que completa a ação da lovastatina, um outro composto natural dos cogumelos utilizado como medicamento hipocolesterolemiante.

Atuam até contra os tumores regulando por cima a expressão de um gene que contribui para a auto-destruição das células cancerígenas (BAK-1) (15-16).

Como escolher os seus pleurotos?

Os pleurotos não devem ser viscosos, mas sim firmes e carnudos. Devem ser claros, sem manchas e libertar um ligeiro odor a anis. Não os lave em água abundante; contente-se em limpá-los com um tecido húmido e em retirar as partes danificadas. O pleuroto é um cogumelo que se deteriora com muita rapidez; consuma-o o mais cedo possível depois da compra ou colheita. Se os conservar no frigorífico, coloque-os num recipiente ou num saco aberto para os deixar respirar.

Corte o pé (mais duro) em pedaços e cozinhe na frigideira alguns minutos antes de adicionar o chapéu. Comece por os suar em lume brando e, depois de terem perdido alguma água, acrescente uma noz de manteiga ou um pouco de óleo e suba a temperatura para os saltear. Pode adicionar alho e salsa durante a preparação.

A batata e o nabo

A batata pode parecer banal, mas não deixa de ser um legume benéfico para a saúde. Contém ácidos fenólicos (ácido clorogénico), catequinas e vitamina C, bem como fibras e glúcidos complexos (amido). Além disso, uma das lectinas nela contidas – a Solanum Tuberosum Lectin – contribui para inibir o crescimento de determinadas células cancerígenas.

Escolha de preferência variedades com polpa colorida pois são mais ricas em micronutrientes antioxidantes. Conserve-as em local escuro, fresco e seco. Evite colocá-las no frigorífico; o amido seria transformado progressivamente em açúcar. Se encontrar manchas verdes, retire-as. Isso significa que a batata contém compostos tóxicos chamados alcalóides (sola nina e chacina). Estes compostos surgem quando as batatas são conservadas à luz ou a temperatura muito elevada. Podem provocar vários sintomas desagradáveis: sudação, distúrbios gastrointestinais, picadas…

Contrariamente à batata, o nabo é muitas vezes posto de lado apesar de ser também ele fácil de cozinhar e se combinar bem com uma grande variedade de alimentos. Na verdade, prepara-se tal qual como uma batata: em puré, frito, no forno, cozido em água, em chips, salteado… Pode até ser consumido cru, ralado em saladas. Pode ser conservado no frigorífico ou na cave.

O rabanete

O rabanete é uma crucífera, tal como o nabo e os brócolos; contém, por conseguinte, glucosinolatos que se transformam em isotiocianato úteis na prevenção do cancro. Contém igualmente antioxidantes preciosos como as antocianinas e o canferol, ambos capazes de diminuir a formação de tumores e o crescimento das células cancerígenas. A sua riqueza em vitamina C (120 mg para 100 g de rabanete) e em rafanina, um composto com fortes propriedades antibacterianas e antissépticas, torna-o bastante interessante para se preservar das primeiras infeções invernais…

Como consumir o rabanete para tirar partido dos seus benefícios?

Escolha rabanetes firmes, bem lisos e brilhantes. Faça pressão e descarte os cuja pele não resiste a essa pressão. Conserve-os no frigorífico, no máximo uma semana, dentro de um saco em tecido ou num recipiente com água. Mergulhe os rabanetes num banho de água gelada durante meia-hora para que fiquem crocantes à degustação.

As abóboras de inverno

As abóboras de inverno são legumes preciosos para a saúde. Contêm uma panóplia impressionante de nutrientes (luteína, zeaxantina, betacaroteno, vitamina A, ferro, manganésio, cobre, vitamina B2, vitamina B5, vitamina B6, vitamina B9, vitamina C) e são pouco calóricas e ricas em fibras. Também elas se defendem bem contra o cancro graças à sua riqueza específica em cucurbitacinas, uma família de compostos que abrandam o crescimento das células cancerígenas (17).

Escolha abóboras bem firmes, sem manchas nem rachas. Guarde-as em local fresco e seco; conservam-se várias semanas, sem problemas. Evite colocá-las no frigorífico; é um meio demasiado húmido para elas.

Não deite fora as pevides; o seu consumo é reconhecido para aliviar os sintomas ligados à hipertrofia benigna da próstata e aos problemas de micção (vontades urgentes, hiperatividade da bexiga, despertares noturnos…). A sua riqueza em ácidos gordos insaturados, em zinco e em fitoesteróis está provavelmente na origem destes benefícios (continuam a realizar-se estudos para compreender os mecanismos de ação exatos). Para beneficiar deles, é aconselhado consumi-las cruas em vez de cozinhadas (10 gramas por dia), tendo o cuidado de as mastigar muito bem. Conserve-as no frigorífico pois têm tendência para rançar rapidamente.

A maçã e a pera

Caixa de peras vermelhas e verdes frescasA pera e a maçã são frutos muito ricos em flavonóides e em ácidos fenólicos antioxidantes, em particular ao nível da casca. Contêm uma grande quantidade de fibras, a maior parte delas insolúveis, o que lhes permite melhorar o trânsito intestinal e contribuir para diminuir o risco de doenças cardiovasculares. Contêm igualmente pectina, que permite eliminar mais colesterol nas fezes, e de forma mais eficaz dado que é associada aos flavonóides presentes no sumo. As maçãs contêm além disso polifenóis específicos cujos efeitos benéficos foi possível demonstrar no colesterol sanguíneo e na diminuição das lesões dos vasos.

Atualmente, podemos comprá-las todo o ano, mas é precisamente no outono que são mais benéficas para a saúde por terem amadurecido na árvore.

Como as escolher e como as conservar?

Escolha as “bio”; um grupo de investigadores mostrou que as maçãs e as peras de agricultura biológica possuem quantidades mais elevadas de compostos fenólicos do que as maçãs e peras convencionais. A cultura biológica permite às macieiras e pereiras ativarem melhor as suas defesas antioxidantes contra os agentes patogénicos do que quando são tratadas com pesticidas.

No entanto, não abuse das peras; contêm sorbitol e frutose, dois tipos de açúcar que podem ocasionar pequenas indisposições gastrointestinais nas pessoas sensíveis em caso de consumo excessivo. Conserve as suas maçãs e peras em local fresco em vez de à temperatura ambiente, pois continuarão a amadurecer à temperatura ambiente e acabarão por perder em sabor. Coloque-as na gaveta de legumes do frigorífico ou eventualmente num saco em tecido arejado.

Os frutos secos de casca rija

Metades de nozesOs frutos secos de casca rija destaca-se pelo seu conteúdo particularmente elevado em ácidos gordos poli-insaturados (mais de 70% dos seus lípidos totais) e, nomeadamente, em ómega-3, cujos efeitos na saúde do coração estão bem demonstrados. Contêm também uma proporção ideal de ácidos gordos ómega 3 e ácidos gordos ómega 6. A substituição progressiva das gorduras saturadas por ácidos gordos ómega 3 contribui para fluidificar as membranas celulares e permite melhorar um número incrível de afeções físicas e mentais (declínio cognitivo, perturbações do humor, doenças inflamatórias, problemas cardiovasculares…) (18-21).

Os frutos secos de casca rija contêm igualmente ácido elágico em quantidades significativas. Trata-se de um antioxidante notável capaz de combater a proliferação de determinadas células cancerígenas. Contém igualmente outros compostos fenólicos (como o ácido gálico) que combatem a oxidação do colesterol LDL existente no sangue e que desempenha um papel decisivo no surgimento das placas de ateroma que causam obstruções nos vasos.

Outra vantagem preciosa: a sua composição em aminoácidos. Os frutos secos de casca rija contêm muito mais arginina do que as fontes de proteínas animais. Ora, é a partir deste aminoácido que o organismo fabrica uma substância que propicia a dilatação dos vasos sanguíneos: o óxido nítrico. Os frutos secos contribuem por isso também para otimizar a circulação sanguínea.

Como escolher e conservar os frutos secos de casca rija?

Aparentemente, os frutos de casca rija parecem conservar-se várias semanas sem problemas. Mas apenas aparentemente, dado que na realidade o respetivo conteúdo em vitamina E e em ómega 3 diminui muito rapidamente, sobretudo se tiverem sido compradas sem casca.

Por conseguinte, é preciso comprá-las com casca e conservá-las no frigorífico para evitar a oxidação e o ranço dos ácidos gordos. O melhor é, evidentemente, consumi-los crus, mas de tempos a tempos pode torrá-las com a casca no forno a 190 °C durante 20 minutos. A menos que não aprecie o seu sabor bastante acentuado, não retire a película escura que cobre o fruto; é nela que se concentra a maioria dos compostos fenólicos!

No outono, os frutos e legumes talvez não sejam tão coloridas como no verão, mas os seus benefícios são igualmente notáveis. Basta-lhe multiplicá-los no seu prato, sem se ficar pelos cinco por dia; este valor é apenas um mínimo para esperar uma boa saúde.

Saiba por fim que pode encontrar a maioria dos micronutrientes anteriormente citados nos nossos complementos alimentares, em dosagens claramente superiores do que as que encontra nos alimentos:

Referências

  1. Wang M, Simon JE, et al. Analysis of antioxidative phenolic compounds in artichoke (Cynara scolymus L.). J Agric Food Chem 2003 January 29;51(3):601-8.
  2. Aggarwal BB, Shishodia S. Molecular targets of dietary agents for prevention and therapy of cancer. Biochem Pharmacol 2006 February 23.
  3. Jimenez-Monreal AM, Garcia-Diz L, et al. Influence of Cooking Methods on Antioxidant Activity of Vegetables. J Food Sci. 2009 Apr;74(3):H97-H103.
  4. Clifford, T., Howatson, G., West, D., & Stevenson, E. (2015). The Potential Benefits of Red Beetroot Supplementation in Health and Disease. Nutrients, 7(4), 2801–2822. doi:10.3390/nu7042801
  5. Ambrosone CB, McCann SE, et al. Breast cancer risk in premenopausal women is inversely associated with consumption of broccoli, a source of isothiocyanates, but is not modified by GST genotype. J Nutr 2004 May;134(5):1134-8.
  6. Jeffery EH, Jarrell V. Cruciferous vegetables and cancer prevention. In: Wildman REC, editor. Handbook of Nutraceuticals and Functional Foods.Boca Raton: CRC Press; 2001. p. 169-91.
  7. Sommerburg O, Keunen JE, et al. Fruits and vegetables that are sources for lutein and zeaxanthin: the macular pigment in human eyes. Br J Ophthalmol 1998 August;82(8):907-10.
  8. Kevers C, Falkowski M, Tabart J et al. (2007) Evolution of antioxidant capacity during storage of selected fruits and vegetables. Journal of Agricultural and Food Chemistry 55, 8596-8603.
  9. Rose P, Faulkner K, et al. 7-Methylsulfinylheptyl and 8-methylsulfinyloctyl isothiocyanates from watercresss are potent inducers of phase II enzymes. Carcinogenesis 2000 November;21(11):1983-8.
  10. Wang X et al. Phenethyl isothiocyanate sensitizes human cervical cancer cells to apoptosis induced by cisplatin. Mol Nutr Food Res. 2011. May 19. doi: 10.
  11. Miller GD, Jarvis JK, McBean LD. The importance of meeting calcium needs with foods. J Am Coll Nutr 2001 April;20(2 Suppl):168S-85S.
  12. Zeisel SH, Mar MH, et al. Concentrations of chol.-containing compounds and betaine in common foods. J Nutr 2003 May;133(5):1302-7.
  13. Dubost NJ, Ou B, Beelman RB. Quantification of polyphenols and ergothioneine in cultivated mushrooms and correlation to total antioxidant capacity. Food Chemistry 2007
  14. Adachi K, Nanba H, Kuroda H. Potentiation of host-mediated antitumor activity in mice by beta glucan obtained from Grifola frondosa (maitake). Chem Pharm Bull 1987;35:262-70.
  15. Joseph S, Sabulal B, George V, Antony KR, Janardhanan KK. Antitumor and anti-inflammatory activities of polysaccharides isolated from Ganoderma lucidum. Acta Pharm. 2011 Sep 1;61(3):335-42.
  16. Chen HS, Tsai YF, Lin S, et al. Studies on the immuno-modulating and anti-tumor activities of Ganoderma lucidum (Reishi) polysaccharides. Bioorg Med Chem. Nov 1 2004;12(21):5595-5601.
  17. Garg, S., Kaul, S., & Wadhwa, R. (2017). Cucurbitacin B and cancer intervention: Chemistry, biology and mechanisms (Review). International Journal of Oncology. doi:10.3892/ijo.2017.4203
  18. D. S. D. Martin, P. Spencer, D. F. Horrobin, et M. A. Lynch, « Long-term potentiation in aged rats is restored when the age-related decrease in polyunsaturated fatty acid concentration is reversed », Prostaglandins Leukot. Essent. Fatty Acids, vol. 67, no 2 3, p. 121 130, 2002.
  19. M. Lavialle, G. Champeil-Potokar, I. Denis, P. Guesnet, F. Pifferi, et S. Vancassel, « Le DHA dans la neurotransmission », Ol. Corps Gras Lipides, vol. 14, no 1, p. 11 15, 2007.
  20. S. Hossain, M. Hashimoto, M. Katakura, T. Shimada, et O. Shido, « Mechanism of docosahexaenoic acid-induced inhibition of in vitro Aβ1-42 fibrillation and Aβ1-42- induced toxicity in SH-S5Y5 cells », J. Neurochem., vol. 111, p. 568 579, 2009.
  21. U. Gogus et C. Smith, « n-3 Omega fatty acids : a review of current knowledge », Int. J. Food Sci. Technol., vol. 45, p. 417 436, 2010

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